O impacto desproporcional da Dengue em famílias carentes

*Por Leonardo Rizzo

A dengue, uma doença transmitida por mosquitos, representa uma ameaça significativa à saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Seu impacto, contudo, ressoa com maior intensidade nas comunidades carentes, onde as condições socioeconômicas criam um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito vetor da doença. O papel da gestão municipal, nesse contexto, é fundamental para mitigar os efeitos devastadores da dengue nessas populações vulneráveis.

Famílias carentes frequentemente residem em áreas com infraestrutura precária, como saneamento básico inadequado, acumulação de lixo e falta de acesso regular à água tratada. Essas condições favorecem a formação de criadouros do mosquito, elevando o risco de surtos de dengue. Além disso, a limitação no acesso a informações preventivas e a serviços de saúde de qualidade contribui para uma maior vulnerabilidade dessas famílias à doença, potencializando os riscos de complicações e mortalidade.

A gravidade da situação é amplificada pelas consequências socioeconômicas da dengue. Os membros da família afetados pela doença muitas vezes são obrigados a se afastar do trabalho ou da escola, o que pode levar a uma perda de renda ou atraso educacional, exacerbando o ciclo de pobreza. As despesas médicas adicionais podem ser devastadoras para o orçamento já restrito dessas famílias, aumentando seu ônus econômico.

Nesse cenário, a gestão municipal assume um papel crucial. É responsabilidade dos governos locais implementar e fortalecer políticas públicas que abordem tanto a prevenção quanto o controle da dengue. Isso inclui iniciativas de educação comunitária para promover práticas de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito, e programas de vigilância para monitorar e controlar a população do vetor. Ações eficazes também envolvem a garantia de acesso a serviços de saúde adequados e a rápida resposta a surtos, minimizando assim o impacto da doença.

Ademais, a gestão municipal deve priorizar melhorias na infraestrutura, especialmente em áreas carentes, como a melhoria do saneamento básico, o gerenciamento eficaz de resíduos e a garantia de acesso contínuo à água limpa. Essas medidas não só contribuem para o controle da dengue, mas também promovem um ambiente mais saudável e sustentável, reduzindo a vulnerabilidade das comunidades às futuras ameaças de saúde pública.

Portanto, enquanto a dengue continua a ser uma ameaça significativa para as famílias carentes, a atuação assertiva e proativa da gestão municipal é essencial para proteger as comunidades mais vulneráveis. Através de estratégias integradas que combinam educação, prevenção, e melhorias infraestruturais, é possível mitigar os impactos devastadores da dengue e pavimentar o caminho para uma sociedade mais resiliente e saudável.

*Por Leonardo Rizzo, empresário e pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo Novo