DJ Juninho 22: da favela carioca para o mundo

Jovem de 20 anos vive o que ele chama de “sonho” e hoje é um dos DJs, produtor musical e MC mais requisitados do Rio de Janeiro

Sua história começou no samba e pagode, mas foi o funk que verdadeiramente conquistou seu coração. DJ Juninho 22 ou MC Juninho 22, como é conhecido, vive um sonho na música. O jovem Luiz Claudio Junior é morador do Complexo do Lins, no Rio de Janeiro e começou sua carreira ali no subúrbio carioca, ajudando na produção de outros artistas.

“Tinha vergonha de me apresentar no começo, por isso decidi produzir suas músicas e distribuir para os DJs do Baile da Colômbia tocarem. Só que percebi que poderia ir além se realmente tomasse as rédeas da minha carreira e eu mesmo comandasse as pick-ups”, ele conta.

Pouco tempo depois, o MC deu um passo importante: passou a cantar as próprias produções. As músicas “Agora para, sensualiza” e “Safadão do Bigodinho” fizeram o músico ganhar ainda mais visibilidade. Mas, foi com a produção do sucesso mundial “Evoluiu”, cantado pelo MC Kevin O Chris, que Juninho se firmou como referência no funk.

Mas, a história nem sempre foi de vitórias. Antes de começar na música ele foi assistente de telemarketing, com um salário, na época, que não ultrapassava os 500 reais. Já na música, o funkeiro conta que passou por muitas dificuldades no início da carreira, principalmente preconceito por parte dos contratantes e muitos revés de MCs e DJs já mais experientes.

“Consegui dar a volta por cima, e graças a Deus isso está acontecendo comigo. Hoje consigo ajudar minha família, comprar as coisas que quero e trabalho com o que mais amo que é o funk. Além disso, é motivo de grande orgulho ser uma referência e meu trabalho poder fortalecer o funk carioca”, fala, emocionado.

Atualmente sua agenda é bastante requisitada, e ele se tornou um dos MCs mais procurados da atualidade. Há cerca de um mês ele lançou seu mais novo sucesso “Morena da Cor do Pecado”, que já é hit. E ele pretende lançar novas músicas que estourem no mercado do funk nos próximos meses. Seu cachê mensal hoje gira em torno de 100 mil reais, algo inimaginável para o jovem.

O funkeiro ainda brinca com os feitos: “Às vezes paro e penso que estou sonhando. Aí peço para alguém me beliscar. Sempre sonhei com isso e hoje se tornou realidade. Por isso, quero sempre passar essa mensagem para quem curte o meu trabalho. Se você tem um sonho, não desista. Ele pode se tornar realidade”.