Por que o Brasil deveria seguir a Argentina no fim do financiamento público

*Por Leonardo Rizzo

Recentemente, o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma medida significativa que sugere uma revisão profunda dos sistemas políticos na América Latina: o término do financiamento público para partidos políticos. Essa decisão, parte de uma política mais ampla de redução do papel do Estado na economia e na vida social, ressoa profundamente comigo, especialmente no contexto de minha candidatura à prefeitura de Goiânia pelo Partido Novo.

No Brasil, o financiamento público de campanhas políticas absorve bilhões de reais anualmente, valores estes provenientes dos impostos pagos pela população. Em 2024, por exemplo, o montante destinado ao fundo eleitoral supera os 4,9 bilhões de reais. Questiono: esses recursos não seriam mais bem aplicados em áreas essenciais como saúde, educação ou infraestrutura?

Na Argentina, Milei argumenta que os partidos devem ser sustentados por doações voluntárias de seus simpatizantes, não por subsídios estatais. Essa abordagem, segundo ele, combate a influência de uma elite política que se perpetua no poder à custa do erário público. Essa visão de uma “casta privilegiada” vivendo às custas dos contribuintes ecoa em muitos países, inclusive no Brasil.

Defendo que o Brasil siga um caminho semelhante. É imperativo promover uma maior responsabilidade fiscal e transparência, incentivando os partidos a buscar financiamento privado e voluntário, limitando, assim, a dependência de recursos públicos que poderiam ser mais eficazmente utilizados para o bem comum.

O exemplo argentino, liderado por Milei, serve como um ponto de reflexão para nós, brasileiros. Como pré-candidato em Goiânia, estou comprometido em liderar discussões e esforços para revisar nosso sistema de financiamento político. Convido todos a dialogarem sobre essa questão crucial para o fortalecimento de nossa democracia e para a eficiência de nossa gestão pública.

Esse debate não é apenas sobre economia de recursos; é sobre redefinir o papel do Estado e dos partidos políticos na sociedade. Estamos prontos para esta mudança?

*Leonardo Rizzo é empresário