“Momento não é bom”: Rivaldo analisa a Seleção Brasileira e fala dos amistosos contra França e Croácia

Pentacampeão aponta instabilidade, avalia testes do treinador e destaca importância dos últimos amistosos antes da Copa do Mundo em entrevista à Betfair

O ano da Seleção Brasileira terminou nesta terça-feira (18), após o empate em amistoso contra a Tunísia. Com isso, a Betfair, uma das maiores plataformas de apostas esportivas do mundo, entrevistou seu embaixador, Rivaldo, sobre o momento atual da equipe após os últimos jogos do ano e os desafios que antecedem a Copa do Mundo. Mesmo com a expectativa de melhora após a chegada de Carlo Ancelotti, o pentacampeão acredita que a equipe ainda não atingiu seu equilíbrio.

Rivaldo reconhece pequenos avanços, como a boa partida que o Brasil fez contra Senegal na última semana, quebrando um tabu de nunca ter vencido a equipe africana, mas vê a Seleção distante do ideal: “O momento não é bom. É claro que a chegada de Ancelotti ajudou a acalmar a situação, e todos falam muito do treinador por ser um campeão. No entanto, o Brasil ainda não se encontrou. Fez um bom jogo, agradável, contra o Senegal, mas a partida seguinte já levantou dúvidas novamente. O treinador está fazendo testes, e tudo é válido, pois ainda faltam seis meses para a Copa”, analisou o pentacampeão em entrevista à Betfair.

O ex-jogador ainda reforça que, apesar dessa leve evolução, a equipe está distante de gerar confiança na torcida e na imprensa: “O que se vê hoje não está agradando aos torcedores, à imprensa e creio que nem ao próprio técnico. Houve uma pequena melhoria, mas nada que indique que a equipe já esteja pronta para ser favorita ao título.”

O Brasil volta a campo em amistosos com seleções europeias de alto nível previstos para março, possivelmente contra França e Croácia, adversárias recentes do Brasil em fases decisivas da Copa do Mundo. Rivaldo acredita que essa será a última grande oportunidade para ajustar a equipe, faltando poucos meses para o Mundial.

“Acredito que esses dois jogos contra seleções fortes serão fundamentais para a seleção chegar bem preparada para o Mundial. A Copa do Mundo é diferente de qualquer amistoso. Lembro da Copa de 2002: ninguém acreditava na Seleção Brasileira, mas ela chegou lá e venceu os sete jogos. A situação hoje é um pouco parecida: o Brasil ainda não se encontrou, e todos duvidam da seleção. Mas acredito que, na hora certa, quando a Copa começar, o Brasil fará grandes jogos”, disse Rivaldo.

Pentacampeão descarta “jogador se poupando” em amistosos

Com o calendário europeu em andamento, muitos torcedores têm questionado se jogadores brasileiros evitam se empenhar totalmente em amistosos para prevenir lesões antes de compromissos importantes com seus clubes. Rivaldo, porém, rejeita essa ideia. “Acredito que não. Principalmente no meu caso, sabia que o clube era importante, mas a Seleção também. Você não pode ‘tirar o pé’ em amistosos, pois para estar no Mundial, é preciso ter uma grande apresentação na Seleção. O jogador não pode se poupar pensando nos jogos futuros. É preciso dar o seu máximo na Seleção e dar o seu máximo no clube, independentemente de onde esteja”, conclui o embaixador da Betfair.