Menos é mais: Busca por procedimentos mais sutis e menos invasivos na estética tem aumentado

Longe dos padrões de transformações estéticas radicais, as novas tendências apontam para procedimentos mais simples e que pareçam naturais; o cirurgião plástico Hugo Santos aponta as principais mudanças na área de estética

Nos últimos anos, a naturalidade tem guiado as escolhas por cirurgias plásticas no Brasil e no mundo. De acordo com dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), em 2024, os procedimentos não invasivos ultrapassaram as cirurgias plásticas; foram mais de 20 milhões de intervenções e 17 milhões de cirurgias. O levantamento aponta para uma tendência que tem se firmado: conceito de que “menos é mais” passou a nortear o setor, com a valorização de técnicas minimamente invasivas que oferecem rejuvenescimento, melhora da pele e realce dos traços sem exageros.

De acordo com o médico cirurgião plástico Hugo Santos, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), essa mudança não é uma moda passageira, mas uma transformação no olhar sobre a beleza. “Hoje, as pessoas querem parecer descansadas, rejuvenescidas, mas sem perder suas características. O paciente não busca se transformar em outra pessoa, e sim em uma versão mais saudável e harmônica de si mesmo. Isso tem sido alcançado com os chamados procedimentos minimamente invasivos”, afirma.

O que são procedimentos minimamente invasivos?

Diferentemente das cirurgias plásticas tradicionais, os procedimentos minimamente invasivos não exigem cortes, anestesia geral ou longos períodos de recuperação. São realizados em consultório, geralmente com anestesia local ou tópica, e utilizam tecnologias modernas para estimular colágeno, suavizar marcas de expressão e melhorar a textura da pele, por exemplo. “São procedimentos que respeitam a rotina do paciente e devolvem vitalidade à pele de maneira progressiva e natural”, explica Hugo Santos.

Principais tendências de 2025

Entre os mais buscados em 2025 está o microagulhamento de última geração, agora associado à radiofrequência e lasers fracionados, indicado para melhorar manchas, cicatrizes e poros dilatados. De acordo com o especialista, essa associação potencializa os resultados e reduz o tempo de recuperação, o que tem atraído pacientes com rotinas intensas. Outro destaque é a combinação de preenchedores à base de ácido hialurônico com bioestimuladores, que repõem volume perdido ao longo dos anos e previnem a flacidez, mantendo a naturalidade da expressão.

Já a toxina botulínica, o clássico botox, ganhou novas técnicas de aplicação que suavizam rugas preservando a mobilidade facial. “O objetivo não é congelar o rosto, e sim manter a expressão leve, sem marcas de cansaço ou tensão”, explica Hugo Santos. Já os lasers de última geração, como os de picossegundos, têm sido os preferidos para tratar manchas e sinais de envelhecimento com segurança e tempo de recuperação cada vez menor.

Com a expansão dessas possibilidades, cresce também a necessidade de orientação médica adequada. Hugo Santos alerta que toda intervenção deve ser feita com responsabilidade, e é de fundamental importância procurar um especialista membro da SBCP. “Mesmo os procedimentos minimamente invasivos envolvem técnica e conhecimento. É fundamental procurar profissionais qualificados e clínicas que sigam rigorosamente as normas de segurança, além de seguir as orientações profissionais sobre repouso, alimentação adequada e todo o processo de recuperação”, conclui.