A Constituição Federal de 1988 afirma em seu artigo 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Com isso é perceptível que a participação ativa dos responsáveis juntamente à instituição de ensino não é somente necessária como também requerida durante toda a trajetória escolar, sendo um dos principais facilitadores da aprendizagem.
A pedagoga Sueli Tomaz especialista em metodologia da educação infantil e séries iniciais defende: “A escola assegura o direito, destaca a importância e abriga a garantia da aprendizagem, mas é em casa, no ambiente familiar que ocorrem as primeiras práticas educativas. Considerando a família a primeira sociedade instituída é necessário uma cooperação concreta entre ambas instituições”. A pedagoga complementa: “Uma boa comunicação entre família-escola viabiliza a flexibilidade, a motivação e gera a continuidade dos estímulos educativos, culturais, metodológicos e sociais dos alunos. Principalmente no contexto das séries iniciais”. Para pais atípicos, essa relação precisa ser ainda mais estreita. É necessário estabelecer uma comunicação contínua, alinhada a um trabalho de entrega mútua, uma vez que diversos estudos já demonstram que diagnósticos como o déficit de atenção, associado ou não à hiperatividade e à impulsividade, e o transtorno do espectro autista frequentemente comprometem o rendimento escolar.
Gabriel Frozi, CEO do Colégio Rio Christian School – a primeira e única escola bilíngue da América Latina especializada em alunos com TDAH – também destaca a importância do interessante dos pais e responsáveis desde o momento da busca pela escola ideal: “Existem escolas mais tradicionais, conservadoras e mais conteudistas, como também, escolas mais flexíveis, disruptivas e inovadoras. O importante, portanto, é a família levar em consideração as características da criança e do adolescente,” adverte Gabriel.
Gabriel é pai da Vitória, que foi diagnosticada com TDAH ainda muito jovem. Em sua trajetória escolar, percebeu que a filha não conseguia desenvolver-se bem mesmo nas melhores escolas disponíveis na região. Foi daí que o coração de pai mudou todo o rumo daquela história, pois até então não existiam escolas no Brasil, especializadas em crianças e jovens com Transtornos diversos, como o próprio TDAH.
Então, tudo partiu do desejo do coração de uma criança: “Pai, não quero mais ir à escola. Não consigo tirar notas boas e te fazer feliz,” dizia Vitória.
Frozi abandonou sua carreira longa e estável como advogado e criou do zero sua própria escola. “Nossa escola foi criada pela carência e pelos erros de várias outras instituições. Chegamos com a intenção de fazer uma escola diferente, de se preocupar realmente com o aluno como indivíduo e não como mais um número. É importante dar uma atenção especial a todos eles individualmente. Fazer com aqueles que possuem necessidades específicas sintam-se parte do todo, e ainda, acompanhar aqueles que não tem nenhuma necessidade cognitiva específica,” continua Gabriel.
A RCS, mais conhecida como Rio Christian School, conta com profissionais capacitados e preparados para atender alunos de todos os perfis de uma forma individual. “Foram inúmeros processos, adequações, treinamento, material didático personalizado e um sistema de ensino totalmente adaptado que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos. “Incentivamos o respeito ao indivíduo, suas potencialidades e diversidades, valorizando a inclusão social, num ambiente cooperativo, propiciando a vivência de valores e princípios,” continua Frozi.
Um dos diferenciais da escola está no sistema de avaliação, onde as provas bimestrais não são o principal aspecto a ser levado em conta na hora de aprovar um estudante, mas um conjunto de fatores como a participação em sala de aula, lição de casa, trabalhos extras, desempenho diário em sala de aula, etc. “O sistema não é baseado só em uma prova. Se um aluno não tira boa nota na avaliação, mas cumpre com as demais obrigações, pode ser aprovado, desde que consiga a média 7”, explica Gabriel Frozi, salientado que, os alunos são submetidos a um sistema de avaliação no qual 15% da nota se refere à participação; 25%, ao dever de casa; 30%, a pequenos projetos; e 30%, à prova bimestral. A proposta impacta diretamente as crianças e os jovens em sua capacitação, e consequentemente, o índice de reprovação escolar tende a diminuir muito.
Desta forma, se concretiza a possibilidade de proporcionar uma metodologia inclusiva aos pequenos, que aliada a participação familiar, alcança as mais diversas necessidades do aluno e promove um vasto campo de possibilidades de otimização da aprendizagem infantil.
Para dar certo, é preciso que a instituição família-escola se alinhe para pré-definir as estratégias e estabelecer os estudos do meio que traçam o perfil e o rendimento de uma classe em seu todo e individualmente. Uma vez que o ambiente de aprendizagem impacta diretamente o desempenho dos alunos, técnicas do dia a dia escolar através de materiais cativantes e desenvolvidos especialmente para esse objetivo, como: jogos, músicas e diferentes formatos, que podem facilitar e manter por mais tempo os alunos ativamente desafiados e envolvidos no processo sejam estabelecidos.
Sobre a Recreio Christian School:
A escola bilíngue cristã conta com sistema de avaliação próprio, que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos sociais, onde as provas bimestrais representam apenas 30% do sistema de avaliação da RCS. Atende turmas do Pré I ao 3º ano do Ensino Médio, preparando os alunos para as melhores universidades do Brasil e do exterior, além de ser a única escola da América Latina com toda equipe especializada em alunos com TDAH.