Por Lenilson Rodrigues
A gestão empresarial exige, cada vez mais, a combinação entre eficiência operacional, inovação e responsabilidade socioambiental. Nos últimos 19 anos à frente da Água Mineral Santa Joana, pude observar que a consistência dos resultados está diretamente ligada à capacidade de planejar, medir e adaptar processos conforme as transformações do mercado. Esse entendimento tem orientado cada decisão estratégica, tanto na consolidação das operações no Brasil quanto na expansão internacional da companhia.
A experiência no setor de bebidas mostrou que crescimento sustentável depende de integração entre tecnologia e governança. Investir em automação e rastreabilidade, por exemplo, não é apenas uma questão de produtividade, mas de controle de qualidade e transparência com o consumidor. A Santa Joana desenvolveu um modelo de gestão baseado em indicadores de desempenho, revisão contínua de processos e auditorias ambientais internas. Essa estrutura permitiu ganhos consistentes em eficiência e redução de impactos ambientais.
O mesmo princípio norteia a atuação da Tavares Torres Empreendimentos Imobiliários, empresa da qual também sou responsável. O segmento imobiliário exige visão de longo prazo e leitura precisa das tendências urbanas. Nossos projetos buscam equilibrar rentabilidade e sustentabilidade, adotando soluções de arquitetura integrada e uso racional de recursos. A gestão de empreendimentos imobiliários, quando orientada por métricas claras de desempenho e planejamento financeiro rigoroso, contribui de forma relevante para o desenvolvimento regional e para a geração de empregos.
Recentemente, o grupo iniciou o processo de internacionalização das operações, com a instalação de uma nova indústria de água mineral nos Estados Unidos, localizada na Flórida. A decisão foi resultado de análise técnica de mercado, considerando logística, regulação e potencial de consumo. O objetivo é estabelecer um modelo de produção avançado, com sistemas automatizados e padrões internacionais de controle de qualidade. A planta também foi projetada para operar com energia solar e reuso de água industrial, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis.
Do ponto de vista estratégico, a internacionalização amplia a capacidade competitiva da marca e diversifica riscos de mercado. A entrada em um ambiente regulatório mais exigente, como o norte-americano, estimula o aprimoramento dos processos internos e o fortalecimento da cultura de conformidade. Além disso, a presença nos Estados Unidos abre caminho para novas oportunidades de exportação e posiciona a empresa entre as poucas do setor de bebidas com base produtiva em território estrangeiro.
A trajetória à frente de diferentes negócios demonstra que resultados duradouros dependem de gestão estruturada, liderança técnica e clareza de propósito. Em um cenário econômico dinâmico, a combinação entre inovação, governança e sustentabilidade é o que permite transformar crescimento em valor e consolidar empresas preparadas para competir globalmente.