Especialista defende mentoria com execução e mostra como empresários podem transformar aprendizados em resultados reais

Sem execução, capacitações se perdem. Rotina e acompanhamento tornam-se base para metas cumpridas e crescimento sustentável
O Brasil enfrenta um desafio recorrente entre pequenos e médios empresários: a dificuldade de transformar capacitação em resultados concretos. Segundo a Agência Sebrae de Notícias, 64% das empresas que fecharam antes de cinco anos não realizaram nenhum tipo de capacitação, evidenciando que a ausência de continuidade no aprendizado pode comprometer a sobrevivência do negócio.
Thiago Oliveira, CEO da Saygo, holding especializada em comércio exterior e câmbio, defende que a resposta está em um modelo de “mentoria com execução assistida”. Para ele, a maioria das imersões termina em frustração porque não há acompanhamento. “O empresário sai do evento motivado, cheio de anotações, mas na segunda-feira já está apagando incêndio. O aprendizado morre na cabeça de quem participou se não houver método e envolvimento da equipe”, afirma.
A proposta vai além do discurso inspiracional. Enquanto a mentoria motivacional costuma oferecer exemplos de sucesso e motivação momentânea, seu efeito muitas vezes se esgota com o fim do evento. Já a prática, segundo Oliveira, exige acompanhamento contínuo, definição de metas e envolvimento da equipe. “O aprendizado só se consolida quando vira rotina. O empresário não precisa de mais ideias soltas, precisa de método e execução para que a teoria se transforme em resultado real”.
Casos recentes avaliados pela Saygo ilustram o impacto da execução contínua. Em uma distribuidora de alimentos de Minas Gerais, a implantação de uma rotina semanal com metas e indicadores retirou o dono da operação tática e, em três meses, a margem cresceu 17%. Já uma empresa de serviços que sofria com alta rotatividade reduziu em 40% o turnover após ajustar padrões de liderança e comunicação.
Para Oliveira, os exemplos comprovam que a execução é o elo que separa a motivação da transformação real. “Não falta acesso a conhecimento. O que falta é estrutura para aplicar em meio ao caos da operação brasileira. Com método, ferramenta e continuidade, os resultados vêm”, conclui.
Orientações do especialista para transformar aprendizado em resultado:
  1. Envolva a equipe desde o início – não basta o dono participar da imersão. Os colaboradores precisam entender os objetivos e responsabilidades.
  2. Traduza ideias em rotinas – transforme cada aprendizado em tarefas semanais claras, com responsáveis definidos.
  3. Defina indicadores simples – escolha métricas fáceis de acompanhar, como margem, turnover ou ticket médio.
  4. Use ferramentas de acompanhamento – agendas digitais, check-ins automáticos e dashboards ajudam a manter consistência.
  5. Revise periodicamente – a execução precisa ser ajustada com frequência para consolidar hábitos e corrigir desvios.
“Eu vivi na prática o que ensino hoje. Tive empresas com bons produtos e equipes competentes que não avançavam porque eu mesmo não tinha rotina nem clareza. Só quando mudei minha postura como líder vi a operação destravar. É por isso que defendo que o futuro de qualquer negócio começa no líder. Sem método e autoconhecimento, não há estratégia que se sustente”, finaliza o executivo.
Sobre a Saygo
A Saygo é uma holding brasileira especializada em comércio exterior, formada pela unificação da Proseftur Assessoria em Comércio Exterior e da Zebra Corretora de Câmbio. Com mais de 23 anos de experiência, a empresa oferece soluções integradas para importadores e exportadores, abrangendo assessoria em operações internacionais, serviços cambiais e desenvolvimento de tecnologias para otimização de processos globais. Seu compromisso é auxiliar empresas a ingressarem e expandirem suas atividades no mercado internacional, proporcionando estratégias inovadoras e suporte especializado.
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Sobre Thiago Oliveira
Thiago iniciou sua trajetória empreendedora há mais de 20 anos. Com um Monza e dinheiro emprestado, fundou seu primeiro negócio em logística, que anos depois seria vendido por milhões de dólares. Tornou-se sócio da maior aceleradora de startups da América Latina, a ACE, e do maior Venture Capital da região, a Bossanova Investimentos.
Ao identificar os desafios enfrentados por importadores e exportadores no fechamento de câmbio, fundou a corretora de câmbio do grupo, inicialmente chamada Zebra e agora Saygo Câmbio, transformando o setor. Além de empreendedor, é mentor e conselheiro de diversas empresas e cofundador da Oliveira Foundation, ONG que já impactou mais de 100 mil crianças em países de língua portuguesa. Seu foco está em soluções cambiais, desenvolvimento tecnológico e estratégias para expansão internacional de empresas.
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