Situação de seca extrema no RS deixa agricultores em situação de emergência, com efeito do La Niña onde ocorre resfriamento das águas do pacífico, gerando distúrbios meteorológicos no Brasil, com chuvas acima da média no Norte e Nordeste do Brasil e estiagem na região Sul e Sudoeste.
Agravado por 3 anos de déficit hídrico na região Sul, os agricultores enfrentam uma situação dramática, com lavouras de arroz chegando até 50% de perdas por falta de água, 70% de perdas na sojicultura e até 100% de perdas de milho em alguns municípios.
Como se não fosse suficiente os altos custos de produção, o aumento dos preços dos combustíveis, fertilizantes, energia elétrica, os preços pagos aos produtores de arroz estão trabalhando no vermelho a vários anos, gerando desinvestimento na área e migração para a cultura da soja.
A escassez de chuva na região chega ser a maior dos últimos 17 anos segundo a Emater/RS, o Rio Grande do Sul já tem 300 cidades em situação de emergência devido à estiagem e agravada pelas fortes temperaturas que chegaram a ultrapassar os 42 graus celsius. Em nossa propriedade 30% estão perdidos por falta de água dos reservatórios que servem para fazer a irrigação, e os outros 20% estão com alto risco de perda caso as chuvas não se regularizem nas próximas semanas.
Porém as previsões não são nada animadoras, dados meteorológicos mostram que os efeitos climáticos da La Niña irão perdurar pelo menos até final de outubro de 2022, sendo assim, continuamos com os prejuízos dessa safra 2021/2022 e dificuldade da implantação da safra 2022/2023