(Crédito: Anderson Costa)
Artista de Nova Iguaçu foi convidado e fará show no dia 17 de julho no International Trombone Festival, que reúne os grandes nomes do instrumento
Nascido e criado na Baixada Fluminense, Josiel Konrad sempre trouxe para sua música a urgência e a inventividade das periferias. Seja no trombone, na voz ou na composição, ele carrega a influência do jazz, do samba, do funk e da música negra universal, criando um som que desafia classificações. Agora o artista de Austin, em Nova Iguaçu, pioneiro na fusão do Jazz com o Funk Carioca, representará o Brasil no International Trombone Festival (ITF), um dos maiores festivais de trombonistas do mundo, que será realizado em Ontário, no Canadá, de 16 a 19 de julho. Konrad se apresentará no dia 17 de julho e será o primeiro artista de jazz brasileiro e da Baixada no palco do renomado festival.
O ITF é um evento anual que apresenta tudo relacionado ao trombone. Artistas, professores, estudantes, profissionais, líderes da indústria e amadores se reúnem para celebrar e explorar as diversas facetas e estilos da execução, do ensino e da arte do trombone. O evento é itinerante e já foi sediado em diversos países.
Potência sonora da Baixada para o mundo
Natural de Austin, em Nova Iguaçu, Konrad iniciou sua carreira solo em 2015. Desde então, já lançou os discos autorais “Timeline”, “Mais Amor”, o EP “Quando Menino” e o aclamado álbum “Boca no Trombone”. Além disso, já se apresentou em palcos importantes no Brasil e no exterior, como o Circo Voador e o Ronnie Scott’s Jazz Club, em Londres. A primeira faceta do seu trabalho surgiu com o Gafieira Jazz, que fazia uma ponte bem suingada entre os mundos dos dois gêneros, unindo Chico Buarque, John Coltrane, Cartola e Miles Davis.
A sua trajetória não segue os caminhos tradicionais do jazz brasileiro. Em vez de se restringir ao circuito elitizado da música instrumental, Josiel fez do trombone um elemento vivo e indomável, pronto para dialogar com as batidas do funk, os graves do hip-hop e a cadência do soul.
No álbum Boca no Trombone, essa fusão atingiu um novo patamar. A faixa ‘Boca Nº 0 – Funk Carioca’ é um exemplo claro: um encontro explosivo entre metais e tamborzão, onde o trombone assume o papel de um MC, improvisando sobre um beat que ressoa como um baile funk às avessas.
Aclamado pelo público, o álbum foi lançado em vinil, com vendas esgotadas, e resultou na criação do “Jazz Proibidão”, evento idealizado e organizado por Konrad que recebe diversos artistas e que reuniu mais de 2 mil pessoas na Arena Samol, na Gamboa, na Zona Portuária do Rio de Janeiro
– Criei o Jazz Proibidão para ser, em muitos sentidos, o palco perfeito para essa sonoridade, onde as fronteiras entre a tradição e a rua se dissolvem – reflete Konrad.
Rede social: @josielkonrad