- A canção chega carregada de lirismo ácido e um contraste sonoro que surpreende: letras recheadas de ódio e vingança emolduradas por uma sonoridade delicada e envolvente
- A banda Meu Funeral se destaca por letras afiadas, que transitam entre críticas sociais, ironias do cotidiano e relações humanas, sempre embaladas por uma sonoridade que mescla o peso do punk e do hardcore com influências do pop radiofônico e ritmos brasileiros
Nesta sexta-feira (05 de setembro), a banda Meu Funeral disponibiliza em todos os aplicativos de música seu novo single, “Tudo que eu Queria”, pela Marã Música. A canção chega carregada de ironia, lirismo ácido e um contraste sonoro que surpreende: letras recheadas de ódio e vingança emolduradas por uma sonoridade delicada e envolvente, que ganha ainda mais brilho com a participação especial de Duda Beat.
“Essa música fala sobre ódio, vingança e o desejo de ver aquela pessoa insuportável que você conhece se dar mal. Porém, uma música sobre tantos sentimentos ruins pedia uma roupagem bonita e simpática para que a pessoa que se identifica com tamanhas atrocidades não se sinta culpada por desejar coisas horríveis a alguém. Ah, outra coisa que ajudou a dar essa cara leve para a canção foram os vocais DE LUXO da querida Duda Beat, que compõem uma atmosfera leve e fluida para proferir nossos impropérios”, explica Luquita (voz e violão).
A sonoridade, segundo Dan (baixo), vem em tom contrastante: “A sonoridade de ‘Tudo Que Eu Queria’ é tranquila, com um violão dedilhado somado a elementos da natureza, que remete a um momento de paz, o que pode contrastar um pouco com a letra, mas talvez no fundo as pessoas só precisem de liberdade para poderem odiar em paz”.
A composição surgiu a partir de um momento de provocação, como lembra Luquita: “O que me motivou a começar a escrever essa letra foi um diálogo com um menino mimado do tipo ‘se não for pra fazer do meu jeito, eu não vou fazer!!!’. Daí veio a primeira frase da canção: ‘Tudo que eu queria era mandar você se fuder, mas isso não te faria entender’. A partir daí a narrativa foi indo em direção a desejos um pouco mais extremos, recheada de ironia e acidez”.
Para Pepe (guitarra), o impacto da música está em transformar algo pesado em leveza: “Que até os sentimentos mais podres podem virar arte bonita. Não é sobre incentivar a raiva, mas sobre assumir que ela existe e que todo mundo já teve vontade de ver alguém se fuder. É terapêutico. Você se identifica, ri da própria maldade e no fim, sai mais leve”.
A expectativa pelo lançamento é alta. “‘Tudo Que Eu Queria’ é uma música totalmente diferente de tudo que já experimentamos. E a gente ama. Estamos com a expectativa alta porque, mesmo sem tê-la lançado, a gente tem tocado nos últimos shows, e público tem amado. Lembro de uma vez, no ROCK IN RIO, que tocamos ela e vieram falar que amaram muito, queriam saber o nome, e a gente teve que falar que ainda não estava no mundo. AGORA TÁ (risos)”, revela Tent (bateria).
O lançamento chega acompanhado de clipe, criado a partir de materiais de domínio público garimpados por Luquita. “Não sei onde ele arruma isso, mas ele faz umas compilações maravilhosas. Daí foi passarmos a ele a missão de coletar imagens que ilustrassem a letra da música (cumprida com brilhantismo) e fazer alguma coisinha de pós (títulos e legendagem). Os tubarões da indústria fonográfica mainstream chamariam este vídeo de webclipe, mas achamos essa designação meio ridícula, é clipe e pronto; se não gostou, me dá um milhão de reais que aí a gente roda um que tem feat do Dennis DJ, o balé do Thriller do Michael Jackson e o Ronaldinho Gaúcho (pra dar aquele quê de aleatoriedade)”, brinca Dan.
Formada por Luquita (voz), Dan (baixo), Pepe (guitarra) e Tent (bateria e coreografias), a banda Meu Funeral se destaca por letras afiadas, que transitam entre críticas sociais, ironias do cotidiano e relações humanas, sempre embaladas por uma sonoridade que mescla o peso do punk e do hardcore com influências do pop radiofônico e ritmos brasileiros.
Com sua estética singular e autenticidade gritante, a banda vem conquistando cada vez mais espaço na cena nacional, posicionando-se como uma das revelações mais ousadas e interessantes do rock brasileiro contemporâneo.
CONFIRA A LETRA DE “TUDO QUE EU QUERIA”:
Tudo que eu queria
Era mandar você se fuder
Mas isso não te faria entender
Sei que todo mundo muda
Mas você nunca escuta
O que os outros tentam te dizer
Tudo que eu queria
Era você indo embora a chorar
Por partir
Mas mesmo sem as lágrimas
Se você for eu já fico feliz
Tudo que eu queria
Era te ver na merda me pedindo ajuda
Só pra eu te esnobar
Te ver na seca e deprimido
Pois tomou um pé na bunda
Enquanto eu bebo com sua ex no bar
Tudo que eu queria
Era ver você se afogando no mar
Até sumir
Mas se cê for furar uma onda
E levar um caldo eu já fico bem feliz
Tudo que eu queria
Era ver um caminhão te atropelar
Te partir
Mas se cê for atropelado por um carro
Eu já fico bem feliz
Se é só tolice, incompetência ou babaquice
Eu só sei que pra mim você não presta
Se não tem amigos
Você deve ter motivos pra ser um merda
E todo mundo te detesta
Tudo que eu queria
Era ver um caminhão te atropelar
Te partir
Mas se cê for atropelado por um barco
Por um trem, ou por um bonde, um ultraleve,
Ou um Boeing, ou elefante, eu admito
Que eu ficaria mais feliz
Sobre Marã Música:
Empresa especializada em Marketing e Relações Públicas, dentro do mercado da música, fundada em janeiro de 2018 na cidade de Jundiaí, no estado de São Paulo. Idealizada e gerenciada por Henrique Roncoletta, vocalista e compositor da banda NDK, a Marã Música atua na conexão de artistas com marcas e empresas, além de atuar também na gestão de imagem, carreiras, projetos, produções artísticas e eventos culturais.
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