Cloud computing redefine escala, custos e decisões técnicas na engenharia de software, mantendo sistemas com eficiência e segurança
Custo, escalabilidade, agilidade e integração. A computação em nuvem passou a reunir, em um único modelo, os principais requisitos técnicos para entregar soluções digitais em ambientes de negócio cada vez mais dinâmicos. Para Gabriel Rodrigues, gerente de engenharia da Sears e professor na Link School of Business, trabalhar com cloud deixou de ser diferencial técnico — hoje, é pré-requisito para entregar sistemas sustentáveis, seguros e adaptáveis.
Segundo levantamento da Gartner realizado em 2024, 68% das organizações planejam aumentar seus investimentos em computação em nuvem, impulsionadas pela adoção de inteligência artificial generativa e pela necessidade de otimizar custos. O estudo também aponta que 69% das empresas enfrentaram estouros de orçamento com nuvem em 2023, destacando a importância de decisões técnicas mais conscientes e estratégias de otimização de recursos.
Infraestrutura sob demanda e arquitetura escalável
Na prática, a nuvem muda a lógica da engenharia. “Quando bem estruturada, ela permite que a arquitetura do sistema escale de forma inteligente. Você não paga por capacidade ociosa e consegue responder rapidamente a picos de uso, falhas ou novas integrações”, explica Gabriel. Segundo ele, o modelo reduz o tempo gasto com manutenção de servidores, gerenciamento de hardware e provisionamento, liberando os times para focarem na entrega de valor.
Além da escalabilidade, a cloud computing favorece o uso de arquiteturas mais modernas, como microsserviços e containers, que se adaptam com facilidade a diferentes ambientes e aumentam a robustez das aplicações. “Estamos falando de uma infraestrutura viva, que precisa ser desenhada com consciência de custo, segurança e performance. A nuvem oferece flexibilidade — mas exige decisões técnicas bem fundamentadas para evitar desperdício ou fragilidade”, reforça.
Cloud não é só tecnologia: é cultura de engenharia
A adoção da nuvem também altera a mentalidade dos times. “O engenheiro que trabalha com cloud precisa entender custo por operação, latência por região, segurança por camada. Não dá mais para pensar só no código — é preciso pensar no todo”, afirma. Ele aponta que esse novo perfil técnico exige maior maturidade nas decisões, especialmente em empresas que operam em múltiplos ambientes e precisam garantir disponibilidade constante.
Para Gabriel, a computação em nuvem não é apenas uma escolha tecnológica, mas uma estratégia de sustentabilidade técnica. “É o que viabiliza o crescimento de forma saudável, controlada e segura. Quem domina cloud hoje está mais preparado para liderar times, escalar produtos e tomar decisões com base em critérios reais, não em suposições técnicas”, finaliza.
Sobre Gabriel Rodrigues
Gabriel Rodrigues é Gerente de Engenharia na Sears e Professor na Link School of Business. Acumula mais de 11 anos de experiência em engenharia de software, arquitetura de sistemas e DevOps. Graduado em Engenharia de Computação e especialista em Arquitetura de Software, atuou em empresas como PayPal, Autonomic e Estated, liderando times de desenvolvimento, modernizando infraestruturas e otimizando processos para garantir soluções escaláveis e de alto desempenho. Além de sua atuação técnica, dedica-se à formação e mentoria de profissionais, ajudando no desenvolvimento de talentos e na construção de equipes de alta performance.