A música sempre esteve presente na vida de Amauri Cabral, morador de Itaguaí_ Río de janeiro,cantor e compositor que cresceu cercado por canções e melodias. “Eu não sabia falar, mas já cantava as músicas do Roupa Nova”, relembra Amauri, recordando as histórias que ouvia de sua mãe. Desde cedo, a música se tornou parte fundamental de sua identidade, sendo a trilha sonora de festas familiares e momentos especiais, mesmo que ninguém em sua família fosse músico profissional.
Quando e como você descobriu seu amor pela música?
Amauri: “Bem jovem. Minha mãe conta que, antes mesmo de saber falar, eu já cantava músicas do Roupa Nova, apesar de não me lembrar disso. Minha primeira lembrança musical é assistir minha irmã estudando piano. A música sempre esteve presente nas festas de família, embora ninguém fosse cantor ou músico profissional, todos eram muito apaixonados por música.”
Quais foram as suas principais influências musicais ao longo da sua carreira?
Amauri: “Nossa, foram tantas! Do samba à música eletrônica, passando por diversas vertentes do rock e metal. Alguns nomes que posso citar são: Renato Russo (Legião Urbana), Serj Tankian (System of a Down), Bruno Gouveia (Biquini Cavadão) e Freddie Mercury (Queen). Sou fã de bandas como Foo Fighters, Green Day e The Cure. É muita gente!”
Como foi o processo de composição e criação do seu novo EP Caixinha de Memórias?
Amauri: “Foi um processo orgânico, eu diria. As músicas surgiram ao longo do tempo, muitas delas inicialmente compostas para a minha banda RJ99, mas acabei tomando para mim, pois a RJ99 mudou de estilo ao longo dos anos. Tem faixas mais melancólicas, como ‘A Chuva’, que refletem uma fase introspectiva, e outras como ‘Juízo Final’, que é uma mistura de samba e canção experimental. A mais recente, ‘Eternos’, reflete quem eu sou hoje, mais maduro.”
Quais desafios você enfrentou ao longo da sua jornada como músico e como conseguiu superá-los?
Amauri: “Foram muitos, mas o maior desafio foi provar para mim mesmo e para quem estava ao meu redor que eu poderia viver da música. Não foi fácil, precisei falir como pessoa e como artista, me reinventar e sair da minha cidade para encontrar meu público e minha identidade. Cada apoio que recebi, seja de alguém que viu um único show ou de quem sempre me acompanhou, foi essencial para que eu seguisse em frente.”
Como o cenário musical brasileiro impacta sua música e como você busca inovar dentro dele?
Amauri: “O Brasil tem uma diversidade enorme de ritmos, como samba, pagode, baião, e é uma eterna fonte de inspiração. Eu gosto de misturar essas referências com o rock e o metal, fazendo uma verdadeira ‘salada’. O cenário brasileiro é uma feijoada musical, que pode parecer confusa no preparo, mas o resultado é incrível! A minha maior batalha é manter uma conexão genuína com o público, algo essencial para qualquer artista.”
O que o público pode esperar de suas apresentações ao vivo?
Amauri: “Minhas apresentações têm se tornado algo mais leve. A arte também é uma terapia, e eu quero que o público saia de um show meu se sentindo bem. Incorporo o humor nos shows, uma habilidade que desenvolvi ao abrir apresentações de stand-up comedy, mas, claro, o foco é a música. Quero que as pessoas saiam refletindo, mas também sorrindo.”
Qual faixa do Caixinha de Memórias tem mais significado para você e por quê?
Amauri: “Difícil escolher, mas vou destacar ‘Sahy’. Ela fala de uma amizade especial de 25 anos atrás. Durante a gravação, dá para perceber o momento em que me emociono, o que só reforça a carga pessoal que essa música carrega.”
Como foi o processo de escolha das composições para este lançamento?
Amauri: “Eu escolhi as músicas que queria gravar, sem pensar em se seriam comerciais ou agradariam a todos. Foram canções que quis compartilhar com o público, e é isso que importa para mim.”
De que maneira a sua experiência como vocalista de bandas anteriores influenciou seu trabalho solo?
Amauri: “A RJ99 sempre teve um estilo mais restrito, enquanto a Sons of a New Era mesclava diversas vertentes musicais ao metal. Essas experiências me abriram a mente e quebraram barreiras de preconceito musical, me tornando um artista mais completo.”
Quais são seus planos para o futuro?
Amauri: “Tenho muitas novidades vindo aí! Vou comemorar meus 40 anos no dia 19 de outubro com um show no Open Bar Petiscaria, em Itaguaí, onde apresentarei músicas inéditas. Além disso, teremos shows ao vivo da RJ99 lançados nas plataformas digitais e novas músicas autorais na minha carreira solo. O público pode esperar mais surpresas em breve!”
Considerações Finais
Amauri Cabral é um artista em constante evolução, cujo trabalho reflete uma mistura rica de influências musicais e pessoais. Com mais de duas décadas dedicadas à música, ele continua a explorar novos sons, mantendo-se fiel às suas raízes e sempre em busca de uma conexão genuína com seu público. Seu EP Caixinha de Memórias já está disponível em todas as plataformas digitais, e seus fãs podem aguardar por novos lançamentos em breve.
Podcast edinhotaon/ Fonte: Edno Mariano