A história do selo Toca Discos remonta aos anos de 2005 e 2006, um período de grande transformação na indústria fonográfica. Idealizado por Tom Capone, o selo nasceu como um projeto futuro para o estúdio Toca do Bandido. Após a trágica morte de Tom, a ideia do Toca Discos foi uma das iniciativas que ajudou a manter viva a essência artística e o legado do estúdio, onde a música e a produção sempre foram fontes de alento e inspiração.
Naquela época, a indústria fonográfica passava por uma ruptura, com a música gravada perdendo valor e o mercado de shows ao vivo se tornando cada vez mais relevante. O Toca Discos, então, começou a ser pensado como um selo 360º, envolvendo não apenas a produção musical, mas também empresariamento e editoração. Mesmo diante de desafios, o projeto prosperou, trazendo reconhecimento da imprensa e do mercado, além de estabelecer um caminho para continuar a história deixada por Tom Capone.
Quatro anos e meio depois, a entrada de Felipe, músico e produtor carioca, trouxe um novo fôlego ao selo. Junto à Constança, o casal não só formou uma família, mas também revitalizou o estúdio e o selo, tornando-o um ponto de encontro para bandas de rock e novos artistas, atraídos pela sonoridade de grandes nomes como O Rappa, Raimundos, Skank e Barão Vermelho. Felipe iniciou a produção de várias bandas e, com a criação do movimento #acenavive, ajudou a fomentar um ecossistema colaborativo no Rio de Janeiro, reunindo mais de 70 bandas de rock, promovendo eventos e criando uma rede de apoio entre artistas.
Entre 2012 e 2015, a Toca do Bandido se reinventou como um espaço de residência artística e uma casa do rock. A casa também se transformou em uma Guest House para hospedar artistas e profissionais envolvidos nos projetos. Nesse período, o selo expandiu suas atividades e iniciou um projeto de formação de bandas, que culminou no programa de aceleração musical Labsonica, em parceria com o Oi Futuro.
Ao longo dos últimos anos, o Toca Discos foi responsável por abraçar artistas de diferentes gêneros musicais, expandindo seu casting e se destacando com indicações ao Grammy Latino. Dois pilares principais foram estruturados no selo: o de formação e capacitação artística e o de desenvolvimento do próprio selo como um projeto plural e vibrante.
Em uma parceria histórica com a Altafonte, o Toca Discos foi o primeiro selo brasileiro assinado pela distribuidora, o que rendeu um grande impulso para a visibilidade de suas produções. Agora, o selo entra em uma nova fase ao assinar com a Universal Music, em uma culminância de diálogos com Paulo Lima e sua equipe ao longo do último ano.
“Nos preocupamos com o futuro da música brasileira, em lançar artistas de muita qualidade com uma construção de carreira a curto, médio e longo prazo. A Universal fecha parcerias com quem também está alinhado com os nossos valores e comprometido com toda a trajetória e qualidade de um artista”, conta Paulo Lima, presidente da Universal Music. “Que a chegada da Toca do Bandido seja sempre uma alegria e que possamos compartilhar nossos conhecimentos para amplificar ainda mais a busca por grandes e jovens artistas brasileiros”, completa.
“Com a Universal, potencializaremos nosso propósito de desenvolver artistas que carreguem em seu DNA a rica tradição da música brasileira, mas que também busquem dialogar com as sonoridades contemporâneas. Queremos criar uma ponte entre o passado e o futuro, valorizando nossas raízes enquanto exploramos novas possibilidades musicais”, declara Felipe Rodarte.
Além disso, o Toca Discos passou a contar com a colaboração de Álvaro Alencar, engenheiro de áudio premiado e braço direito de Tom Capone. A base familiar do projeto também se expande com a estreia de Bento Magno, filho dos fundadores, no departamento de A&R do selo, trazendo a nova geração para a continuidade do legado.
“Com essa estrutura renovada, o selo Toca Discos está posicionado para valorizar a criação musical e desenvolver carreiras com o suporte físico e linhagem de produção do estúdio Toca do Bandido, apontando para um futuro ainda mais promissor, agora turbinado pela força da parceria com a Universal Music”, completa Constança Scofield.
Da esquerda para direita: Bento Magno, Constança Scofield, Paulo Lima e Felipe Rodarte