Sentir todas as emoções de uma relação com começo, meio e fim é uma das apostas que Eline traz em seu álbum de estreia “Coração na Boca“. Construído ao longo de três anos de forma orgânica, o disco lançado hoje nas plataformas de música, conta com uma dinâmica que propõe um mergulho sonoro nas sensações que cada fase da vida a dois desperta.
O álbum aborda e questiona as relações, os desafios da convivência a dois em tempo de amores líquidos e do individualismo em excesso. A ideia é falar sobre o amor real, palpável em todas as suas fases. As canções passam pela euforia do início, o conforto e os desafios do meio até a dor do fim. São 12 canções que mesclam camas vocais, arranjos de cordas, sopros, e uma forte presença de violões e percussões.
“Coração na Boca” inicia com uma atmosfera sonora que traz uma euforia, marcada por programações de beats e uma percussividade bem latina, remetendo ao início das relações. Ao longo das faixas, o clima de calmaria e desafios se traduzem nas presenças dos arranjos de cordas, sopro e violões. E o desfecho do álbum se caracteriza com a dor de um fim de relação, marcado por fraseados de guitarra e os espaços nos arranjos.
A produção musical é assinada por Pipo Pegoraro e Lourenço Rebetez, ambos indicados ao Grammy Latino e foi construída com os três artistas juntos. “As camadas sonoras iam surgindo de muitas tardes no estúdio Caso Raro em São Paulo, regados a cafés e experimentações. Foram horas dedicadas a cada detalhe para que o disco fosse para o mundo com a nossa cara e com tudo que vivemos ali”, contou Eline, que se inspira em grandes cantoras como Mayra Andrade, Marisa Monte e Gal Costa.
Eline abriu os caminhos para esse lançamento com o os singles “Chamego” e “Coração na Boca” e traz como faixa foco deste disco a canção “Me perdi de mim”, que aborda as angústias de viver em uma cidade grande e que, ao contrário do caos da letra, provoca um estado de calmaria.