Batizado de MUTIRÃO.AI, o projeto promove uma aliança entre cultura e tecnologia e contará com workshops, programa de educação à distância de IA, e a participação de grandes nomes da indústria da música como Kevinho, Livinho, MC Davi, Lexa, MC Don Juan e MC Hariel
KondZilla, GR6 e Flint, com apoio da OpenAI, anunciam hoje o MUTIRÃO.AI, projeto que levará formação em inteligência artificial para comunidades periféricas em um roadshow que percorrerá diversas cidades do Brasil. A aula inaugural, chamada Crias.BR, ocorreu no Museu das Favelas, em São Paulo, com oficinas ministradas por profissionais da indústria criativa, como Paulo Aguiar, Thais Martan e Wendell Nunes, além de participação de Tico Fernandes, da KondZilla, e Christian Rôças, da Flint, que mostraram como a IA pode fortalecer desde a criação musical e visual até a produção de conteúdo digital e a gestão de pequenos negócios.

O MUTIRÃO.AI tem como objetivo democratizar o acesso à tecnologia, e ampliar oportunidades de aprendizado, empreendedorismo e transformação social nas periferias, territórios onde a inovação cultural já faz parte do cotidiano. Ao oferecer palestras, workshops e laboratórios de criação através das ferramentas da OpenAI, a iniciativa demonstra, na prática, como a IA pode impulsionar a cadeia da economia criativa, abrangendo videoclipes, composições, personagens virtuais, campanhas e novos formatos de produção artística.

“O funk nasceu da criatividade de quem nunca teve acesso à tecnologia e agora está usando a tecnologia para contar suas próprias histórias. Essa parceria com a OpenAI, GR6 e Flint mostra que o futuro é coletivo, inclusivo e periférico. A favela sempre foi inovação”, afirma Konrad Dantas, fundador da KondZilla.

As próximas edições presenciais, previstas para 2026, terão participação de grandes nomes da indústria como Kevinho, Livinho, MC Davi, Lexa, MC Don Juan e MC Hariel que se juntarão a especialistas em IA para oferecer às comunidades imersões criativas de desenvolvimento de narrativas, sons, batalhas de prompts e conteúdos para capacitar jovens em IA e apoiar a evolução de talentos e negócios criativos nas periferias. Para Rodrigo Oliveira, presidente da GR6, o projeto marca um divisor de águas entre a cultura popular e o avanço tecnológico. “Estamos diante de uma revolução. A inteligência artificial não substitui o talento, mas potencializa o alcance e a voz de quem antes era invisível. Essa parceria simboliza o novo ciclo do funk: um movimento que nasce da quebrada e se conecta com o mundo através da tecnologia”, comenta Rodrigo.

Em paralelo ao roadshow, será lançado um Programa de Educação a distância de Inteligência Artificial, produzido pela Flint, para abranger todo o Brasil, ampliando o acesso à formação e criando uma trilha contínua de aprendizado em tecnologia, cultura e negócios. As inscrições pra o EAD já estão abertas em https://www.flint.me/mutirao-ai/criasbr
“Tecnologia vira transformação real quando chega na base. O MUTIRÃO.AI conecta cultura, educação e negócios para mostrar a potência do Brasil em IA e como a inovação também nasce da cultura”, afirmou Christian Rôças, o Crocas, CEO da Flint, plataforma de educação e entretenimento idealizadora do projeto.
O poder criativo do Brasil no centro da inovação
O Brasil é hoje um dos países mais engajados do mundo em tecnologia, mais de 50 milhões de brasileiros usam o ChatGPT todos os meses. Uma pesquisa exclusiva mostra que cerca de metade desses usuários têm menos de 34 anos, indicando que a juventude já está conectada às tecnologias que vão moldar o futuro. Esse engajamento, somado à força das expressões culturais brasileiras, reforça o potencial do país para liderar caminhos de inovação inclusiva.
“A inteligência artificial é uma ferramenta de empoderamento. Quando o acesso é democrático, ela fortalece vozes, talentos e negócios criativos”, afirma Varun Shetty, Vice Presidente de Parcerias da OpenAI, que veio ao país especialmente para o lançamento do MUTIRÃO.AI. “Em uma comunidade tão engajada e altamente criativa como o Brasil, o impacto positivo cresce ainda mais quando aproximamos a tecnologia das comunidades que mais inovam, podendo adicionar impacto real no futuro do país”, conclui.
CRÉDITOS: @caickoshima (fotógrafo)