Entre planilhas e princípios: o que move uma CFO no século XXI

Em plena semana de moda, onde o visível é celebrado, o Ribeirão Fashion Week abriu um espaço de destaque para o debate sobre o “invisível” que sustenta a liderança. A executiva Lucy Alquinas, CFO e autora do livro “Ponto C”, foi a voz da sobriedade e da profundidade ao comandar o painel “Presença, Liderança e Consciência Feminina”.

Com uma abordagem que foge do óbvio, Lucy Alquinas discutiu o que define como o “Ponto C”: a convergência essencial entre coragem, coerência e consciência. Para a CFO, este é o pilar da liderança que não adoece e não precisa de validação externa constante. “A mulher que chegou ao topo aprendeu a performar. O desafio agora é aprender a sustentar-se”, declarou durante o evento.

Transitando com fluidez entre o rigor das finanças e a sutileza da gestão emocional, a autora defendeu que a maturidade emocional é, hoje, uma competência executiva indispensável. Ela argumenta que a clareza mental afeta diretamente os resultados. “A mente analítica entrega resultados. Mas é a mente consciente que garante que esses resultados façam sentido”, explicou.

Lucy Alquinas propôs uma nova métrica de poder, baseada não no comando, mas na integridade. Em tempos de excesso de informação e velocidade, ela pontua que a clareza e a profundidade são o único caminho sustentável. “O futuro não vai premiar quem corre mais, mas quem decide melhor”, afirmou.

Num contraponto intencional à passarela, a executiva focou no que permanece quando as luzes se apagam, concluindo que a verdadeira liderança se resume a uma palavra: presença. “Presença é o que começa quando o ruído termina. E é isso que mantém a liderança de pé.”