Portugal. The Man lança seu 10º álbum de estúdio “Shish”, pela Knik/Thirty Tigers

Foto: Nathan Perkel 

Ouça o álbum aqui

Chegou SHISH, o novo álbum do Portugal. The Man. O décimo trabalho de estúdio da banda — criada no Alasca e radicada em Portland — é lançado por seu próprio selo, KNIK/Thirty Tigers, e encontra o grupo à beira da descoberta, puxando ainda mais o véu que cobre sua essência. Ao longo de dez faixas distintas, a banda mergulha no desconforto, na vulnerabilidade e naquela sensibilidade pop distorcida que só o Portugal. The Man é capaz de oferecer.

SHISH representa um período de intensas reavaliações para o vocalista John Gourley, tanto na música quanto na vida pessoal. O álbum reúne as composições mais reveladoras de Gourley até hoje — não apenas sobre as lições que aprendeu crescendo no Alasca, mas também sobre o que vem aprendendo ao criar sua filha, Frances, diagnosticada há quatro anos com um dos distúrbios genéticos mais raros do mundo. Com SHISH, Gourley usa o Portugal. The Man para cantar sobre o mundo mais justo que tem testemunhado em casa — e que agora deseja para todos nós: tomar apenas o que precisamos, defender os outros a cada passo e compartilhar o melhor do que aprendemos, para que todos tenham a chance de se tornarem ainda melhores.

SHISH Tracklisting:

 Denali

Pittman Ralliers

Angoon

Knik

Shish

Mush

Tyonek

Kokhanockers

Tanana

Father Gun

Na semana passada, o Portugal. The Man lançou uma nova versão de “Golden”, o sucesso global de KPop Demon Hunter, disponível agora exclusivamente no Amazon Music. A Rolling Stone escreveu que a releitura “inverte a canção ao transformá-la em uma balada acústica suave, que quase lhe dá um novo significado.” Ouça “Golden” na Amazon aqui.

John Gourley nunca caçou com o pai. Crescido dentro e fora de pequenas cidades na periferia da natureza selvagem do Alasca, Gourley certamente sabia manusear uma arma desde criança — era uma questão de sobrevivência, um modo de vida herdado de pais que haviam se mudado para o estado em busca de pertencimento à floresta. Seus amigos de infância tinham histórias de caça, e Gourley já havia participado de corridas de trenó com seus pais, John e Jennifer, até quase perder as orelhas por causa do frio extremo. Mas caçar? Nunca.

Quando Gourley tinha 10 anos, porém, um enorme alce apareceu cambaleando pela neve do quintal enquanto pai e filho almoçavam. “Ei, Johnny, quer caçar hoje?”, perguntou o pai. O pequeno John respondeu com o entusiasmo de quem esperava há tempos por aquele momento. Eles se vestiram para o inverno e seguiram as pegadas do alce pela neve, observando-o por um bom tempo enquanto o animal mastigava lentamente a casca de uma árvore.

Iniciou-se um ciclo: o pai erguia o rifle, perguntava “Johnny, tem certeza?”, e depois abaixava a arma, mesmo diante da garantia do filho de que estava pronto para ver aquele animal cair. Eles não dispararam nenhum tiro naquele dia. Em vez disso, o velho John Gourley ensinou ao jovem John uma lição — havia comida na geladeira e dinheiro para comprar mais, se necessário. Aquele alce deveria viver, para que outros pudessem sobreviver no futuro. “Pegue apenas o que você precisa e siga com a sua vida.”

Esse é o espírito que permeia SHISH, o décimo álbum da banda de Gourley, Portugal. The Man, e o primeiro desde que o grupo deixou a Atlantic Records para fundar seu próprio selo, KNIK, além de ser o primeiro gravado em seu estúdio caseiro acessível em Oregon. O primeiro álbum do Portugal. The Man desde a conclusão de Chris Black Changed My Life em 2023, SHISH representa um período de intensas reavaliações para Gourley — tanto na música quanto na vida. Enquanto Chris Black contava com um elenco amplo de colaboradores e participações especiais, SHISH foi construído em casa, com um time mínimo. E traz as composições mais reveladoras de Gourley até hoje: não apenas sobre as lições que aprendeu crescendo no Alasca, mas também sobre as que vem aprendendo ao criar sua filha, Frances, diagnosticada há quatro anos com um dos distúrbios genéticos mais raros do mundo. Em SHISH, o mundo do Portugal. The Man se torna mais íntimo — mas a visão musical de Gourley talvez nunca tenha sido tão grandiosa.

Quando começou a considerar sua saída da gravadora major, no ano passado, Gourley começou a sondar possíveis produtores. O Portugal. The Man já havia trabalhado com verdadeiros titãs como Danger Mouse, Jeff Bhasker e até Mike D.. Mas quando um velho amigo sugeriu que ele conhecesse um jovem chamado Kane Ritchotte — natural de Los Angeles, com um currículo que já incluía colaborações com Blake Mills e Miley Cyrus —, Gourley apenas riu. Mais de uma década antes, quando Ritchotte ainda era adolescente, ele havia se juntado brevemente à formação ao vivo do Portugal. The Man como baterista substituto em uma emergência. Não conhecia bem as músicas, mas Gourley sempre admirou seu entusiasmo e comprometimento. Ligou para Ritchotte e o convidou para Oregon, sem nenhuma agenda musical — apenas seguir o impulso criativo de Gourley e ver para onde o som os levaria. Assim nasceu SHISH — tocado quase inteiramente por Gourley e Ritchotte, com pequenas contribuições em metais, vocais de apoio e até um pouco de rap por Zoe Manville.

Em janeiro, enquanto ainda estavam imersos na construção sonora de SHISH, Gourley e Ritchotte viajaram ao Alasca para realizar dois shows beneficentes em prol da restauração de uma clan house em Sitka, reconhecida como um dos locais históricos mais ameaçados do país — apenas um dos diversos projetos apoiados pela Pass The Mic, fundação criada pela banda. Desde seu lançamento em 2019, a organização já arrecadou e doou mais de um milhão de dólares a comunidades indígenas, colaborando com tribos locais e promovendo conscientização em cada show do Portugal. The Man.

Ao revisitar sua terra natal pelos olhos de alguém que nunca havia estado ali, Gourley voltou para Oregon inspirado a compor canções que refletissem as lições de sua criação — faixas que defendem modos de vida que a maioria dos americanos só conhece, no máximo, por meio de reality shows.

Há a imagem de sua mãe, acordando cedo sob a neve ofuscante para consertar o gerador e permitir que os filhos assistissem desenhos animados — retratada em “Tyonek”, um tributo à resiliência. E há, claro, a faixa de abertura e primeiro single, “Denali”, onde o grande sinal de mudança de estação no estado — a bela fireweed, flor típica do Alasca — se transforma em símbolo de revolução.

“Oh no kings, or master over me, marching towards a guillotine”, canta Gourley com alegria, embalado por uma batida pulsante.

“Pittman Ralliers” explode como uma verdadeira faixa de thrash metal — urgente, técnica e feroz —, enquanto “Father Gun” encerra o álbum comprimindo ecos de Naked City, Queen, Pink Floyd e até um toque de glam metal em um épico progressivo de cinco minutos.

Mas o coração do Portugal. The Man — aquele pop inclusivo e expansivo, enraizado no soul, na psicodelia e na sinceridade — permanece firme aqui também. “Tanana” é uma beleza mutante sobre afastar o peso do mundo, amar e rir mesmo quando as más notícias se acumulam do lado de fora. A banda raramente soou tão doce quanto no início de “Knik”, cuja coda vibrante chega como uma surpresa: um solo de guitarra heroico entre versos que denunciam as pragas da sociedade industrial. Já “Mush” é um conto ofegante sobre a vida na beira da selva, movendo-se com a mesma velocidade, encanto e imprevisibilidade de conduzir uma equipe de cães pela floresta.

Do início ao fim, SHISH encarna a energia da exploração — o espírito de fronteira e a sensação de que, no desconhecido, ainda há um vasto território aberto à imaginação.

Portugal. The Man online:

https://portugaltheman.com/

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